sexta-feira, abril 09, 2010

Quando perdemos tempo aqui, há alguém que nos perde noutro lado.

A primeira morte de que me lembro foi a da minha avó, tinha eu 9 anos. Na altura, foi uma coisa marcante, porque me lembro do meu pai ter chorado, mas suave, pelo menos, para os mais novos, que não assistiram aos rituais. Mas depois, aos 22, a morte entrou-me pelos dias dentro. E durante 2 anos vi muita gente morrer. Gente que ainda trago comigo. E que me fez abandonar aquilo tudo. Aos 28 foi a morte de 30 dias do meu pai. Que me marcou a vida. Outras mortes vieram. Uma amiga contava-me ontem a morte na vida de uma amiga dela. Há menos de 2 anos, morreu-lhe o pai. Dois dias depois dessa morte morreu-lhe o filho de 7 meses que trazia na barriga, e que teve de parir, como se à vida o trouxesse. Há dois dias morreu-lhe o marido num acidente de automóvel. O título que ali pus foi roubado a esta moça. Bom fim-de-semana.

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