Há noites que vale muito a pena...

... ver o expresso da meia-noite. Mexer na nossa economia não parece ser muito difícil. Aumentar o IVA ou baixar os salários. Ou ambos. Dizem que na Irlanda baixaram 10% aos salários, e 20% aos dos políticos. Pelo meio desta interessante discussão, e não percebendo nadinha de economia, pareceu-me que o Luis Nazaré fez um brilharete. E que, surpreendentemente, Leite Campos, agora vice-presidente, foi concordando com muito do que disse. Gostei dos 4. A notícia no Expresso de que a ex-ministra da educação Lurdes Rodrigues, agora presidente da FLAD, está a aprender inglês fez-me lembrar coisas e gente. São estas pequenas notas que ajudam a conhecer melhor o nosso país. A minha irmã costuma dizer que eu não vivo no mundo real, e que devia ir mais vezes ao seu escritório. Mas ler o que escrevem os jornalistas do Expresso, pelos vistos, também ajuda.

Acabar bem a semana

Façam como diz o artista, cliquem para ver melhor.

Grande Mourinho

E o homem conseguiu. Num jogo de matar ou morrer. Depois de ouvir toda a gente (os amigos e os jornalistas) a dizer que a equipa só defendeu e que é uma pena a dream team não ir à final, fico com vontade de dizer que o Mourinho ganhou bem. Já se esqueceram do jogo anterior? Alguém estava à espera de outro tipo de jogo? Pois eu não, ainda mais a jogar com 10 jogadores. Os portistas que conheço estão todos contra o Mourinho. Lembrem-me lá porquê. De repente, sempre adoraram o Barça. Volto ao mesmo. Hoje festeja-se. O homem merece. Muito. E agora espero que ganhe a final.

Corpo sofre

Hoje (porque ainda não fui dormir) foi um dia tão estranho que nem sei por onde começar. O mais doloroso foi ter caido de um lanço de escadas e estar cheia de negras. Os saltos altos enrolados nas calças. Foi esta a causa da queda. Apercebi-me que ia cair. Larguei das mãos a agenda e o telemóvel. Devo ter pensado que ia bater com a cabeça, porque, quando me levantei, pensei nisso. Pelo menos tinha conseguido não cair de cabeça por ali abaixo. Depois, tranquilizei toda a gente que acorreu à minha queda. Estava dorida, nos braços e nas pernas, mas não tinha batido com a cabeça. Uma funcionária que ia a passar, quase quase sem eu dar conta, colocou-me um penso junto ao cotovelo. Bem, parece que fui espancada, mas está tudo bem. Isto passa. Não me lembro de ter quedas destas. Depois passei a tarde na urgência, por outro motivo, e na radiologia. Depois encontro um colega tão deprimido, que passei uns minutos a ouvi-lo, e a convencê-lo que está tudo bem. Falou-me do desgaste das aulas. Da ansiedade. Do pânico. Dos anos que nos lembram que já não temos tanta paciência, tanta disponibilidade. E acabou a falar-me do pai. E eu percebi. E, enquanto vinha para casa a pensar nele, pensei também que isto é como nas relações. Estava a ouvi-lo falar das aulas, e soube que não era isso que o preocupava. Se calhar, quando não estamos a viver as coisas, mas apenas a reparar nelas, vemos mais facilmente a verdade. Muitas vezes, é isto que sinto ao ouvir os amigos, e os seus romances. Para o bem e para o mal.

Gosto muito das minhas amigas

Vim de um jantar com as amigas. Sem contar, uma delas fazia anos e eu não me lembrei. Telefonou-me às 17h30 a perguntar se queria ir jantar com ela. Teve que me perguntar que dia era hoje, para eu me lembrar. Ando com os dias trocados. Como me acontece muitas vezes. Mas acabou por ser uma boa noite. Gostei muito. Além da companhia das minhas melhores amigas, gostei muito do restaurante quase novo, bom serviço, boa comida, boa música. Um dia destes digo-vos onde fica. E o que se come. Não sabem, mas eu não sou muito de restaurantes. Raramente gosto disto tudo. Poucas vezes da comida. E, de seguida, também vos digo que não gosto de falar. Muito. Talvez dessa forma tenha a certeza que, no momento em que falo, sinto aquilo que digo. Apesar de ter poucas certezas. Quando digo que gosto, gosto. Nesse momento. Será que se pode pedir mais? Depois há pessoas que nos dão tanta coisa, mesmo sem saber, que, a qualquer altura, está tudo bem. Mesmo quando as coisas caminham para a saudade.

Grande festa 5-0

Grande jogo do meu clube! Dizem-me que a festa lá está bonita. Vê-se. Ver o Javi Garcia a tirar fotos ao estádio e ao público também é bonito. Estou com o Jesus, preferia festejar depois de um jogo, mas se for antes festeja-se igual.

Nunca gostei do Jesualdo

Acabo de ver um fórróbódó no jogo do FCP. Isto tudo porque o Falcão deu uma sapatada num jogador e o árbitro mostrou-lhe o cartão amarelo. Entrou tudo em campo, a equipa técnica toda. Jesualdo indignado. Parece que o Falcão com este amarelo não pode jogar contra o glorioso. Azar. Enquanto se joga não se pode pensar só em marcar golos. Não vi o jogo (estive a ver o Real), mas estes jogos do Porto parecem treinos. Desde que estão em 3º lugar é isto. Até têm marcado 2, 3 ou 4. Até vejo por lá jogadores que desconheço. O Jesualdo vai fazer aquele ar sério, de injustiçado. E se não rematar a dizer que se não fosse a arbitragem, e a liga, podiam estar noutro lugar, temos sorte.

Nós, os benfiquistas

Sou benfiquista desde que me lembro. O meu pai era benfiquista. Os meus tios (quase quase todos), e os nossos vizinhos, sempre foram benfiquistas. Os melhores jogadores eram do Benfica. Não me lembro de rivalidades, não se falava dos outros. Falava-se era dos jogos, das vitórias e dos nossos jogadores. Foi assim que sempre vivi o Benfica. Nos últimos anos, as vitórias foram poucas, mas nada mudou. Continuamos todos a ser benfiquistas, à excepção do meu irmão. E o Benfica continua a ser apenas um clube de futebol. Mas há pessoas que escrevem coisas inacreditáveis sobre nós, e o nosso clube, só lendo mesmo, contado ninguém acredita.

Em recuperação

No último sábado, na urgência, a médica que me viu identificou logo o local da dor, afinal sofria do mesmo há dois anos. "Trigger points", disse-me ela. Relaxantes musculares, analgésicos, fisioterapia, etc., etc.. Mais do mesmo. Depois veio um médico que, antes de me dizer que era melhor levar uma pica no braço, para esquecer as dores resultantes da contractura muscular, me fez uma demonstração das posturas que devemos ter a trabalhar no computador. Está tudo no google, disse-me ele. Depois veio o radiologista e confirmou: tire as imagens do google. Depois da pica, e dos fármacos que ando a tomar, vim de lá com esta receita: imagens das posturas correctas e dos exercícios a fazer durante o dia. Não estou muito melhor, mas só melhor. Esta música (um cover de uma música de Raymond Scott) faz-me lembrar os tais "trigger points". Nada a comentar sobre a expulsão de Ribery.

Bom dia, vamos ser campeões

As palavras, as palavras. Também continuo a afastar-me das pessoas por causa delas. Também não as esqueço, nem estas, nem as outras. E também não me arrependo daquilo em que acredito.

Pôs-se uma bela noite

Gosto muitas vezes pouco do que este Filipe escreve, mas a falar do Benfica está sempre muito muito bem. Reparem lá: 1 e 2. Pois, e o Aimar?

Simplicidade

Um brasileiro é um português à solta. Não sei se é. Ouvi dizer que era o que dizia Agostinho da Silva. O homem que também dizia que não nascemos para trabalhar, mas para criar. Desconhecia o António Zambujo. Eu, que gosto tanto de fado. Mas o homem não canta fado. Pois não. Canta canções. E tem cantado com vários brasileiros. Só, gosto mais dele. Deve ter vivido lá pelo Brasil, porque oiço música brasileira enquanto canta. E a sua alegria não é portuguesa, nem a sua suavidade a cantarolar. Amanhã a minha equipa vai ter que se portar bem, apesar do teu sporting.

Será desta?

Só para dizer que os mais entusiasmados neste congresso do PSD são o Rangel e o Aguiar Branco. De resto está tudo meio morto.

Quando perdemos tempo aqui, há alguém que nos perde noutro lado.

A primeira morte de que me lembro foi a da minha avó, tinha eu 9 anos. Na altura, foi uma coisa marcante, porque me lembro do meu pai ter chorado, mas suave, pelo menos, para os mais novos, que não assistiram aos rituais. Mas depois, aos 22, a morte entrou-me pelos dias dentro. E durante 2 anos vi muita gente morrer. Gente que ainda trago comigo. E que me fez abandonar aquilo tudo. Aos 28 foi a morte de 30 dias do meu pai. Que me marcou a vida. Outras mortes vieram. Uma amiga contava-me ontem a morte na vida de uma amiga dela. Há menos de 2 anos, morreu-lhe o pai. Dois dias depois dessa morte morreu-lhe o filho de 7 meses que trazia na barriga, e que teve de parir, como se à vida o trouxesse. Há dois dias morreu-lhe o marido num acidente de automóvel. O título que ali pus foi roubado a esta moça. Bom fim-de-semana.

Foi só um jogo, e já passou

Não sei o que foi, se a) as palavras de Jesus dizendo que os jogadores estavam cansados; b) a troca de jogadores na defesa; c) a falta de inspiração de alguns jogadores; d) o cansaço; e) o valor da outra equipa; e) várias destas alíneas ou f) outras. Antes do jogo não me parecia que o Benfica fosse conseguir. Tinha um compromisso habitual às 20h00, mas, a caminho de casa, lembraram-me na rádio que naqueles minutos que antecedem a entrada dos jogadores em campo começa a ouvir-se " You'll never walk alone". E decidi ficar a ver o jogo. Não estava à espera que avançássemos nesta liga, mas não gostei nada daqueles 4 golos. Se eu fosse jogador de futebol muito muito provavelmente estaria a dizer que há que levantar a cabeça. Mas bem, só espero que os rapazes recuperem do cansaço, e destes 4 golos, e que na terça ganhem o jogo. Isto é sempre uma palermice. Mas o David Luiz é um grande jogador.

A confusão não foi embora

Mas hoje ele mudou o dia. E depois ouvi esta musiquita e mais esta musiquita que me distraíram das preocupações. Já para não falar de Messi. Pedaço de gente, com tanto talento. Não troco o Maradona por nada, e o Ronaldo é o nosso rapaz, mas este rapazito é um diabrete.

Facto consumado

Lembro-me bem de como era o Domingos como jogador. E, esquecendo os golos que marcou, não era boa peça. Agora, como treinador, traz consigo esta parte mais feia da escola do FCP. Ao dizer que Artur Soares Dias, o árbitro mais bonito da liga, não influenciou o jogo, revela bem o que aprendeu nesta escola.

Doente, mas a ouvir Jesus

Hoje acordei doente. É o que me tem acontecido depois de dias de chateação, ficar doente. Afinal, também é o que vem nos livros. Jesus, enquanto antecipava o jogo de mais logo, disse que Di Maria é um profundo do futebol português. Gosto tanto do nosso treinador.