domingo, agosto 29, 2004

Actualidades

Barco do aborto
A questão do barco do aborto (nome horroroso, por sinal) é, tal como a sua liberalização, uma questão muito complicada. A decisão do nosso governo, se não fosse esta, podia trazer precedentes. Já pensaram que, daqui a algum tempo, poderia vir outro barco, ou avião, ou seja o que for, com o anúncio de “wild parties” por exemplo, onde se poderia comprar e vender haxixe, heroína e afins? Desconheço a lei, mas não teríamos a mesma situação? Sempre achei que esta é uma questão pessoal, íntima, que cabe aos protagonistas. Ter uma criança, uma bênção, mas também uma opção. Também não me parece esta a melhor forma de influenciar as decisões políticas. Se querem que a lei mude, discutam-na, encontrem formas razoáveis de demonstrar que têm razão. Este barco parece-me, além de radical, uma provocação.

Ferreirinha
A série que vai começar na RTP, a Ferreirinha, traz-nos mais umas duvidosas interpretações, apenas superadas pelas séries magníficas da TVI, como os Morangos com Açúcar, novela, aliás, banida da televisão brasileira, pelas péssimas interpretações (e, sem dúvida, pelos textos). Sinal disto mesmo é a presença de Catarina Furtado no elenco. Que a senhora é bonita ninguém discute, que é fotogénica, televisiva, etc, etc, ok, até concordo. Não entendo é a sua teimosia em interpretar, coisa para a qual, definitivamente, não nasceu. Não duvido até que os textos sejam razoáveis, ou até bons, contrariamente, aos da novela supra citada, estes sim para imbecis, mas com estas escolhas no elenco perde-se a vontade de ver. Acredito que haja por aí gente com talento com muita vontade de trabalhar. Sei que a imagem é importante, caras bonitas também as há, mas o talento só nasce com alguns.


Espíritoolímpico2
Vanderlei Lima. Ganhou hoje a medalha de bronze na maratona. Não sabemos se teria pernas para ganhar a de ouro, não fosse aquele imbecil que o empurrou para fora da estrada, mas que foi um tremendo azar, isso foi! Independentemente das razões que estão por detrás destas pequenas manifestações, é incompreensível como se pode interferir nos sonhos e trabalho (na maioria das vezes, árduo e de muitos anos) dos outros. Até nos jogos olímpicos? Grande falha na segurança dos atletas. Apesar de tudo, fez bem ver a alegria do atleta, sem ressentimentos, a chegar em 3º lugar ao estádio e a receber a sua medalha, símbolo do seu sacrifício, já no pódio.
O 8º lugar foi muito bom para uma prova tão difícil e para um atleta que, além de, até estes dias, ser um desconhecido, me pareceu bastante modesto, e moderado, antes da prova. Parabéns!


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