domingo, janeiro 11, 2009

As testemunhas

Isto não é admissível. Daniel Oliveira tem destas coisas. Em muitos muitos assuntos toma a posição do Bloco e vai até ao fim. E, na maior parte das vezes, enrola-se todo, e depois deixa que se esqueçam dele. Simplesmente porque, a dada altura, não consegue argumentar. Tenho dúvidas que o país precise deste partido e destas pessoas. Há uns tempos, um colega dizia que ía a um debate organizado pelo Bloco se não queríamos também ir. Isto foi naqueles dias do Manuel Alegre. Ao querer saber um pouco mais sobre estes encontros, e a razão pela qual ele era militante do Bloco. O rapaz dizia que gostava era de debater política, votava no Bloco, mas não concordava com muito do que diziam. Em miúda ouvia o meu pai dizer que o PC e os sindicatos eram muito importantes, não só para defender os interesses dos trabalhadores, mas também para a democracia do país. Sempre acreditei nisto. Mas confesso que estes tipos do Bloco, me chateiam um bocadinho. Para além da meia dúzia deles que não saem da televisão: Franscisco Loucã, Miguel Portas, Fernando Rosas, Joana Amaral Dias, Ana Drago e Daniel Oliveira. É também o resto. O que defendem. O seu radicalismo. Mas também porque este partido é uma mistura de gente. Desde radicais a perfeitos inocentes. Para além destes, que se vão mantendo na tv, o que resta? Resta muita gente que gosta de debater política, como diz o outro acima, gosta de intervir, tem alguma admiração pelas qualidades intelectuais desses exemplos, e resta muito pouco para dizer. Será esta gente militante do Bloco? Duvido muito. Mas votam neles? Claro. Por outro lado, também sei que muitas destas pessoas não podem defender o que estes tipos defendem. Como? Isto tudo é uma grande confusão, não é? O mal disto é que há já algum tempo que está na moda ser do Bloco. Enfim, deixo-vos com mais uma surpreendente notícia do Daniel Oliveira. O que vale é que são uns amadores. Está aqui.

1 comentário:

Juno disse...

Concordo com o que dizes. Sou talvez da geração dos teus pais, fui militante e deixei de o ser porque não consigo ter uma fidelidade canina seja a quem for. Acredito que a revolução tem que ser projectada por gente não atrelada. A designação de Direita e de Esquerda está desactualizada. Até agora as ideologias têm sido desenvolvidas pelos intlectuais, o povo quase nunca teve opinião sobre isso. As crises são o fermento das revoluções e quase sempre servem para trocar cadeiras. o que é preciso é consciencializar a maior parte das pessoas e dar outra expressão aos movimentos cívicos. Creio que serão eles no futuro a dar cartas ao poder político. Há muitas coisas para mudar, neste mundo global já não é desculpável a ignorância. A humanidade tem que procurar a felicidade sem ser à custa de maiorias marginalizadas e destruídas. Cabe a vós, mais jovens, lavar a nossa consciencia e ensinar-nos a viver melhor.