sábado, agosto 23, 2008

Não se pode negar o óbvio












A visão de um céptico. A propósito desta conversa de que "o corpo é sistematicamente deformado a benefício dos resultados", VPV esquece-se que estes corpos trabalham durante muitos anos por objectivos, não só para os jogos olímpicos, porque simplesmente pertencem a uma elite de atletas que escolheu esta profissão. VPV acha desagradável que, nas suas palavras, os Jogos não aperfeiçoem o corpo, nem o espírito. Os jogos não sei. Mas pelos exemplos de atletas como Phelps e, porque não dizer, Nélson Évora, até parece que o desporto, a este nível, ajuda na formação dos atletas. Desagradável é ver miúdas, com uma vida aparentemente banal, a frequentar ginásios, e com histórias graves de anorexia e bulimia. Não é preciso chegar a este nível para ver alterações corporais e comportamentais.
Quanto à cerimónia de abertura, onde VPV vê poderio militar e arrogância, eu vejo, fundamentalmente, a riquíssima história da China. Estive neste país há 10 anos. Fora a política, vim de lá encantada com aquele povo. Fascinada com a sua história, com tanta coisa perfeita que fui vendo ao longo dos 20 dias que passei por lá, e com vontade de voltar. Pequim já era uma cidade moderna, e em total renovação e crescimento. Cheguei à China sem guias, e com poucas coisas marcadas pela internet. Em nenhuma ocasião nos recusaram ajuda. Na rua, apesar da dificuldade da língua, sempre nos ajudaram. Fora a política, porque estamos a falar dos jogos, a China está de Parabéns. Foram uns jogos fantásticos. Os melhores de sempre, dizem. E, já agora, será alguém capaz de dizer que a cerimónia, retratada acima, foi uma pirosada? Há, pelos vistos.

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