sexta-feira, junho 20, 2008

Que ganhe mesmo mesmo quem jogar melhor, isto é, quem ganhe os jogos

Rui Santos diz que é Scolari que anda a escolher o novo treinador da selecção. Até imaginei que se tivesse enganado, Madail, pensei eu, mas não. Queria mesmo dizer Scolari.
Ontem, enquanto via o jogo, estava a lembrar-me dos jogos de antigamente. Não os de Eusébio, mas os de Carlos Manuel, Veloso, Jaime Pacheco, Bento, Fernando Gomes e tantos outros. Aí sim, é que era sofrimento. Para os jogadores e para nós. Imaginam como seria entrar em campo contra franceses, ingleses, alemães, holandeses e praticamente todos os outros? Actualmente continua a não ser fácil, mas podemos lá comparar? No fundo, no fundo foi isto que mais me surpreendeu. Atletas que jogam no Manchester, Chelsea, Barcelona e no Real Madrid continuam a sentir-se intimidados pelo peso histórico da Alemanha? Scolari, no mínimo, tem a culpa de não ter acertado na táctica em momentos cruciais. Este mostrou mais do mesmo. Eu vi o primeiro jogo de 2004 no Dragão. O último foi imperdoável. Não sabemos se teria sido melhor com outro treinador. Mas estou fartinha deste. Muitos agradecem-lhe. Está bem. Não nos esqueçamos das condições que teve, dos atletas que treinou (a maior parte deles trabalhados por grandes treinadores) e do apoio incondicional da federação e de todo o país. Não estou convencida disto: que outro não teria feito melhor. Não acredito nas exibições de Cristiano. Terá sabido o treinador maximizar o seu talento? Como conseguem Ferguson e Queiroz? Alguém acredita que Cristiano é um jogador desmotivado? Alguém duvida da sua ambição ao serviço da selecção? Ontem ouvi que não se pode esperar que os jogadores entrem em campo e resolvam os jogos com o seu talento. Pois. Não deve chegar. Como se tem visto, nestes momentos vitais. Talvez Scolari motive jogadores como Ricardo, Nuno Gomes, Helder Postiga. Destes, se calhar, tira o máximo. Do Ricardo tirou com toda a certeza em 2004. Mas não creio que chegue para ganhar campeonatos. Os milagres, os santos, as pancadinhas nas costas, os mimos e esta relação entre pai e filhos. O futebol não é isto, pois não? Penso num treinador, mas sei que não será este. Queiroz. Em desacordo quase quase total com isto.

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