sexta-feira, outubro 23, 2009

Ao contrário de outras pessoas...

... é quando me sinto cansada e farta da semana de trabalho que me apetece sair de casa. Mas esta sexta estou com febre. Coisa previsível, aliás. E quando fico com febre devo ficar melancólica. E lembrei-me do meu pai. Do quanto ele gostava de filmes de cowboys. E depois. De que gosto de cavalos. Que os devo associar a estes filmes. E dos filmes a preto-e-branco que devorava quando era miúda. Como os livros. Das tardes-noites em que ficava sózinha a ver estes filmes. Na 2. E também me lembrei que as minhas tias dizem muitas vezes (vejo-as tão pouco, mas passam muito do tempo a falar da beleza da minha mãe e dos seus pretendentes) que, naqueles tempos, confundiam a minha mãe com esta bonita mulher aqui em cima. Talvez a melancolia me dê para isto. Lembrar-me de afectos. De quem me faz falta. Ou de quem gosto sem razões.

1 comentário:

Anónimo disse...

Da beleza da minha mãe…

Às vezes, sempre, penso em ti mãe
Quase como se já tivesses partido
E eu vivesse só para me lembrar de ti.

Vejo-te tão pouco, falo-te tão pouco
E no entanto às vezes, sempre, só vivo para ti.
O centro do meu mundo
És tu mãe, minha deusa de amor e de beleza.

Choro uma dor que não vivi ainda
O mundo todo és tu
Minha alegria de saber que tu vives ainda...
Viverás sempre em mim.

Deusa de um mundo tão grande
Que nunca serei capaz de compreender
Que nunca serei capaz de dizer
Que nunca serei capaz de te dar.

Mãe, minha mãe, o teu riso, lembro-me
Fazia-me tão feliz
Mas nos teus olhos verdes eu sabia
Que era só a tristeza que sorria.

Queria ter-te dado todas as alegrias
Todas as violetas que gostavas
Todo o riso que pudesse
Queria ter-te feito rainha de todos os mundos.

Sei que só tu o merecias.

Lili