sábado, dezembro 08, 2007

Presentes e cartas de Natal

Nestes últimos anos temos todos assistido a um desmesurado consumismo por esta altura. Toda a gente tem tido que comprar montes de presentes. Isso nota-se no dia-a-dia ao falar com os familiares, amigos, colegas. "Ainda não comprei nada" ás vezes quando ainda nem nos lembramos do Natal. Há uns anos não se pensava sequer nisso, penso até que os mais preocupados com o que comprar eram os pais. De resto, não me lembro de tal histeria colectiva. Voltando aos pais, agora até têm menos trabalho. Resta-lhes esperar pela cartinha que os meninos escrevem ao Pai Natal com as "coisinhas" que desejam. E todos nós também sabemos quão desenxabidas (previsíveis e feias) são actualmente estas cartas. Na realidade são listas. Deixo-vos agora esta e esta carta. A segunda apesar de ter graça é sobretudo reveladora. Já nem me lembro de como eram as outras. Será que alguém as guardou?
Eu aproveito muitas vezes esta altura para saldar as minhas dívidas. Ou seja, gosto de retribuir um gesto, uma gentileza, uma amizade. Muitas vezes falta-me o tempo e a imaginação imediata para dar um mimo. Também é verdade que às vezes fujo a esta regra, e ofereço. Mas quando o tempo vai passando digo: ok, fica para o Natal. Também não gosto de presentes viciados. Os piores são os previsíveis e os encomendados. Este nem é uma coisa nem outra, e além disso deve ser uma ternura.

2 comentários:

A.Tapadinhas disse...

Também não acredito em bruxas, pero que las hay,las hay! Estou de acordo contigo: consumismo, etc.
Mas, todos os anos,cerca de duas dezenas de familiares e amigos passam a noite e o dia de Natal, em minha casa. Actualmente, somos todos crescidos, já ninguém acredita no Pai Natal, e continua a ser tão bom! É um bom pretexto para nos juntarmos, não achas?
Bjo.
António

Desabafosescritos disse...

Acho sim, António. Nesses dias vamos tendo tempo para pensar nos familiares, nos amigos, às vezes até em quem precisa de ajuda. Para mim o Natal é muito isto. Tempo obrigatório para aproveitar e celebrar a companhia dos outros.