quarta-feira, dezembro 22, 2010

Leituras

Na realidade estou sempre a ler coisas. Passo horas a ler, dou conta. Nas provas de doutoramento de um colega em 2003 fiquei perto de 3, dos 5 filhos que ele já tinha. Os miúdos vinham assistir à cerimónia e traziam com eles uns livrinhos. E eu só reparei nos livros quando um feixe de luz atravessou a sala escura pela primeira vez. Sempre que alguém entrava ou saía da sala, os putos levantavam os livrinhos, para que o feixe de luz se lhes chegasse, e liam por um instante. Na Rússia pouca gente vi sem leitura nos transportes públicos. De Hong Kong recordo os telemóveis. Infernais. Todos os dias perguntávamos uns aos outros como conseguiam aqueles doidos falar e ouvir no meio de tanto tanto barulho. Rapazes e raparigas de cabelos coloridos. Mas as leituras. Para já, as minhas são da realidade.

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