sábado, junho 19, 2010

A preto e branco

Estou a ver o jogo entre os Camarões e a Dinamarca. Erros atrás de erros. É a loucura. Tem muita piada ver os jogadores tão descontraidos, ou distraídos, num jogo do campeonato do mundo. Há pouco li umas coisas sobre, e de, Saramago. Prefiro reter aquelas que talvez tenham alguma utilidade: "Perguntei-lhe como arrumava a sua biblioteca. Ele devolveu-me a pergunta dizendo: como arrumas a tua? Fiquei sem resposta." e "Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma." Manuel José, como todos sabem, andou por aí aos berros a falar de Queiroz. Achei muita piada quando falou de Miguel Veloso. Para quem os vê do sofá, é verdade que não faz muito sentido o Ruben Amorim ter jogado o primeiro jogo. Não por ter chegado tarde, mas porque estava no final da lista das opções (e porque assim calhou). Outra coisa é o mal-estar do Veloso. Estes jogadores são tratados a pão-de-ló. Nunca mais se falou dos 500 euros que estão a pagar diariamente por quarto. Nem dos comentários da equipa técnica que disse que assim tinha que ser porque os nossos jogadores são de "classe mundial". Não podemos exigir que ganhem os jogos, porque, para além do resto, como quase sempre, a imprevisibilidade anda no ar (até para a Alemanha), mas meus meninos. Não joga quem quer. Incomodados só podem ficar quando empatam ou quando perdem. Eu sei que Queiroz não é Deus, nem muito menos Jesus, mas lá é ele quem manda.

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