domingo, agosto 23, 2009

Banalidades

Fui ver o tal filme de que se fala. Sobre o triângulo amoroso. Two lovers. Falo do filme, não porque me tivesse emocionado, mas pelos comentários anteriores e posteriores que li sobre a sua história. Aliás, banal e previsível. Até no final. Pelos vistos, há quem queira fazer a analogia entre a bipolaridade de Leonard e os seus dois amores. Eu não vi nada disso. Na verdade, a doença bipolar é muito mais complexa do que aparenta no filme. Maníaco-depressiva. Aliás, se não soubéssemos que Leonard sofria desta doença, alguém desconfiava? Eu não. A personagem apareceu-me assim: carente, inconstante, dependente, introvertido, deprimida. Isto não é ser bipolar. Quanto aos dois amores. Eram mesmo as duas, amores? E ele pareceu-lhes dividido? Esta coisa dos homens se “apaixonarem” por mulheres carentes, frágeis, desorientadas, a gostar de outros, e a querer homens amigos para ajudar e desabafar, já é velha e gasta. Não deixando de ser real, contudo. Quanto ao outro amor. Uma mulher bonita, simples, que não esconde o que quer. Claro que cada um interpreta o final como bem lhe parece. Devemos gostar de quem gosta de nós, a mim foi o que me pareceu. E, na maior parte das vezes, gostamos mesmo. Nas outras vezes, andamos é distraídos, só. Leonard acaba por saber ler a sua história. Já estou como o M. na nossa viagem. Afinal o que é o amor? Estranha forma de vida. Alguém teve o bom gosto de escolher Amália e não outra. E nestas vidas que vemos no filme o que há de novo?

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