quarta-feira, janeiro 02, 2013
2012
O meu pai gostava muito de nós e
dos pequenos. E teve saudades deles, quando me perguntou, já nos cuidados
intensivos, se os miúdos tinham vindo. Houve momentos, pausas, em que pensei
que talvez fosse como ele. Ainda penso. Que talvez as pessoas não saibam o quanto
gosto delas. Um dos meus tios, que voltei a ver este ano no dia em que nos
despedimos de outro irmão, ligou-nos. Já não o via desde a morte do meu pai, o mais
velho de todos, quando só me lembro de o ver de longe a chorar, desvairado. Obrigada,
tio. Foi uma boa surpresa. Tinha que ligar, filha. Estes meus tios, de poucas
falas, são os que mais me emocionam. E nunca os vejo, e falam tão pouco. Muito.
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